Em O Futuro do Futuro, um podcast do jornal Expresso, o jornalista Hugo Séneca conversa com mentes brilhantes de diversas áreas sobre o admirável mundo novo que a tecnologia nos reserva. Uma janela aberta para as grandes inovações destes e dos próximos tempos.
Em Fevereiro de 2024, o entrevistado foi Adélio Mendes, professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e um dos mais bem sucedidos engenheiros químicos portugueses.
Numa entrevista que começa em cerveja e acaba num novo método de extração de dióxido de carbono para a produção de carvão e hidrogénio, o cientista portuense que hoje tem o nome em 35 famílias de patentes explica quais os métodos a que recorre quando quer potenciar ideias luminosas, e dá a conhecer os projetos de desenvolvimento de painéis fotovoltaicos para espaços interiores e também a corrida a novos materiais, como a perovskita, para painéis fotovoltaicos que eventualmente poderão superar os 32% do limite atual da captação de energia solar.
Adélio Mendes considera que a extração de lítio que tem sido projetada para o norte de Portugal não é economicamente viável e considera que é chegada a hora de apostar na extração do lítio a partir do mar. Em entrevista ao Futuro do Futuro, o cientista - que é também um campeão das patentes - estende as críticas aos projetos relacionados com o hidrogénio em Sines e deixa reparos ao impacto ambiental dos carros elétricos. Para a história fica a venda de uma patente por cinco milhões de euros, que hoje é possivelmente o recorde das universidades portuguesas.
Fonte: Expresso