Sobre poluentes químicos e efeitos na obesidade e diabetes
Num artigo publicado na revista Environmental Health Perspectives, os autores Suzanne Snedeker e Anthony Hay, ela da área de ciências alimentares e ele do ramo da microbiologia, levantaram a possibilidade da interação entre a flora intestinal e os químicos presentes no meio-ambiente poderem contribuir para a obesidade e a diabetes.
As estimativas actuais apontam para que só a obesidade representa cerca de 16% dos custos médicos nos EUA, no valor de 160 mil milhões de dólares.
Após reverem vários estudos, os investigadores concluíram que existem evidências que os microrganismos da flora intestinal afectam a obesidade e a diabetes, tal como existem evidências do efeito que a exposição a determinados químicos ambientais tem nas referidas doenças. As variações individuais na flora intestinal de cada indivíduo podem afectar a forma como estes químicos são metabolizados no organismo.
Estes microrganismos, que formam colónias nos intestinos humanos, são 10 vezes mais, em quantidade, que o número de células humanas, e têm variadas funções, tais como controlo da insulina e do peso, incluindo a gestão da energia, a regulação do armazenamento de gordura, a saciedade, etc.
Sabe-se que mais de 35 compostos químicos passíveis de se encontrar no ambiente são potenciadores da obesidade e da diabetes.
Poluentes como o insecticida DDT, as dioxinas e os bifenilpoliclorados (PCB) estão sinalizados pela sua interacção com a diabetes, tal como a contaminação com arsénio na água.
Fonte: ChemEurope