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Sobre os R$ 70,5 mil milhões em investimentos, até 2016, na indústria da Bahia (Brasil)

Há algum tempo atrás, publicou-se no BEQ uma matéria intitulada "Sobre as oportunidades para engenheiros químicos no estado brasileiro da Bahia", que agora é complementada pelos trechos abaixo, extraídos de um artigo do Tribuna da Bahia.

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Esquema do Complexo industrial de Camaçari - Bahia

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"Em toda a Bahia pipocam investimentos de diversos setores da indústria – de bebidas à celulose, passando por mineração, automóveis e petroquímica.  São nada menos que R$ 70,5 bilhões em recursos previstos segundo dados condensados pela Secretaria de Indústria e Comércio e Mineração do Estado.
Deste montante, R$ 49,7 bilhões já estão em fase de implantação, com a promessa de gerar 114 mil empregos diretos. O restante ainda se limita às intenções de empresas que esperam uma retomada da economia ou a solução de gargalos logísticos para desembarcar em território baiano.

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As três indústrias que mais se destacaram na Bahia no ano passado fazem parte no polo industrial de Camaçari (BA), que hoje concentra cerca de 90 empresas. A grande vantagem da região é a capacidade de estabelecer longas cadeias, como no caso do setor petroquímico. “Trabalhamos ao longo das décadas como um grande condomínio industrial. Desde o início, 35 anos atrás, o Polo de Camaçari foi planejado e organizado para isso”, diz Mauro Pereira, superintendente geral do Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic). Atualmente, a cidade abriga o maior complexo industrial do Hemisfério Sul.

O ativo total do polo saltou de US$ 12 bilhões para US$ 16 bilhões em 2011 e a expectativa é que em 2015 chegue a US$ 22 bilhões – excluindo aportes do governo em itens de infraestrutura. Hoje, hospedando empresas como Ford, Basf, Kimberly Clark, Braskem, entre outras, desfruta de posição privilegiada entre os observadores da economia mundial. Pereira conta que o Banco Mundial tem estudado o modelo camaçariense. “Eles querem aplicar nosso modelo fora do Brasil”, aponta.

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Na cadeia petroquímica, o maior investimento é o da Basf, que tem R$ 1,2 bilhão investidos nas três unidades do seu Polo Acrílico em Camaçari – o maior aporte da companhia em cem anos. A ideia é receber a matéria-prima da Braskem para produzir materiais em escala global. Segundo Willi P. Nass, vice-presidente do Projeto Complexo Acrílico da Basf, a escolha da Bahia para o investimento tem a ver justamente com a possibilidade de atuação nesta cadeia e com as características particulares do mercado nordestino
A Braskem é o única fornecedora nacional do propeno, matéria-prima para Basf, que fabricará no Pólo Acrílico produtos para o setor agroquímico, para a construção civil e para a linha de cuidados pessoais. Dentro da cadeia, a Kimberly-Clark, também sediada em Camaçari, deverá processar os polímeros super-absorventes para uso do consumidor final."

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