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Sobre os progressos no domínios dos metais entre os sécs. XIX e XX, e as perspetivas/possibilidades que com eles se abriram





Os homens primitivos contaram com seis ou sete metais ao máximo e com algumas simples ligas feitas de dois ou mais daqueles. Mesmo há um século, o número de metais disponíveis era muito reduzido. Hoje em dia há uma quantidade quase ilimitada. Em boa verdade, apesar disso, o fabricante cogita: — «Gostava de saber que metal será melhor para este artigo ou peça de máquina». —«Preciso de um metal com determinadas qualidades». Então aguarda simplesmente que o metalurgista faça essa pesquisa e o elucide. E ele não fica muitas vezes surpreendido, se aparecer um metal que pese metade do aço mas não se manche com a água do mar, ou um que é tão forte como o ferro e, além disso, um bom condutor da corrente eléctrica. 


Onde o fabricante primitivo de artigos de metal utilizava um metal básico, o moderno produtor pode escolher o mais apropriado entre milhares. A diferença pode ser bem avaliada considerando o motor de um automóvel que utiliza vinte metais diferentes na sua construção e à volta de oitenta ligas com as características mais variadas. Esta grande expansão na selecção de materiais é devida não só à descoberta no Laboratório de um número de metais que eram desconhecidos mesmo há duzentos anos, mas também à ciência da combinação de metais, não química mas sim física, nessas coisas misteriosas chamadas ligas. Na verdade, pode dizer-se que aproximadamente todos os metais que hoje utilizamos são ligas porque um metal de absoluta pureza é muito caro e, muitas vezes, pouco recomendável. "



  • O CASO DO ALUMÍNIO



Porém, é provavel que o mais notável esforço da ciência no sentido de industrializar uma nova qualidade de materiais, tenha sido realizado a favor do alumínio.O alumínio não se conseguiu extrair até ao século x: muito embora seja um dos elementos mais abundantes na Natureza. 

Então, ele era unicamente uma curiosidade de laboratório, custando quase o seu peso em ouro, até que quase simultaneamente Charles Martin Hall nos Estados Unidos e Héroult em França, descobriram um processo eléctrico de o extrair do seu minério. 

O preço do alumínio desceu bruscamente e a indústria pode dispor de um metal extremamente importante.

 O alumínio, no estado puro, tem fraca resistência, mas ele pôde ser colorido, tratado termicamente, e assim alterado nas características ordinárias por adição de outras substâncias. O alumínio pode tornar-se tão duro como o aço, em pintura tornado pode ser endurecido, pode ser usado anti-corrosivo, e até empregado como agente de aquecimento em locais em que haja elevadas temperaturas. 

A leveza é apenas uma das características que tornou o alumínio largamente utilizado. Sendo não corrosivo, excelente condutor de calor, e bom condutor da corrente eléctrica, ele passou a utilizar-se quase universalmente em cozinhas eléctricas e nos aparelhos eléctricos ordinários. Presentemente, milhares de artigos são feitos de alumínio, de uma liga de alumínio e magnésio. "


  • OS METAIS E AS TINTAS


[O alumínio] "reflecte a luz e irradia o calor, e por isso ele se usa em irradiadores ou em fins decorativos. É fácilmente reduzido a finas partículas, e assim produz-se uma tinta que se espalha muito bem e dura muito tempo.

É interessante notar-se que, à medida que se desenvolveram novos métodos de dividir os metais em finas partículas, também eles se usam cada vez mais como tintas. O cobre, o cádmio, o zinco e o bronze são alguns dos metais apropriados para o fabrico de tintas e acontece que as delgadas películas aplicadas dão à superfície pintada muitas das propriedades características do metal. "


Fonte: A Ciência ao Serviço da Indústria - A.M.Low (Livro)