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Sobre o branqueamento de pasta (2/2)

Observação: Este post é a 2º parte de uma publicação sobre o branqueamento de pasta. Para ler a primeira parte, visite "Sobre o branqueamento de pasta (1/2)"

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O aparecimento de legislação relativa aos limites aceitáveis para compostos como furanos e dioxinas tetracloro dibezeno, que fixa as concentrações destes compostos à escala de picogramas, foi responsável por alterações significativas nos processos de branqueamento das fábricas de pasta.

Em alternativa ao branqueamento usando gás cloro, surgiu o TCF (Total Chlorine Free) e, mais tarde, o ECF (Elemental Chlorine Free), os quais beneficiaram também da noção de que parcelar o branqueamento com cargas químicas menos intensas é vantajoso relativamente a concretizar o processo de branqueamento num passo único.

Branqueamento por TCF em fábrica na Suécia. (Fonte: Metso)


Dos dois processos, o TCF  surgiu na década 80 em socorro imediato da impossibilidade de se continuar a usar gás cloro. Em suma, o processo consiste num conjunto de etapas que envolvem compostos desprovidos de cloro,  como ozono, o peróxido de hidrogénio, o oxigénio e o ácido peracético. No presente, o processo TCF é utilizado por um nicho de fábricas, não sendo de todo o mais representativo como processo de branqueamento.

O processo dominante é o ECF, que não dispensa totalmente o elemento cloro da "equação" do branqueamento de pasta pois usa dióxido de cloro como agente branqueador. Uma vez que esta solução dá garantias relativamente à não proliferação de carcinogénicos ou outras perturbações prejudiciais, as questões ambientais foram como que solucionadas por agora, o que faz com que o branqueamento da pasta seja hoje discutido sobretudo ao nível da qualidade do branqueamento alcançado.


Branqueamento por ECF em fábrica no Chile. (Fonte: Metso)

Prevê-se que os químicos em uso actualmente no processo de branqueamento sejam aqueles que se mantenham nas próximas décadas. Isto porque após 200 anos de química não há de momento no horizonte compostos alternativos às soluções em vigor. Estaremos enganados?