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Sobre o aumento de 27,3% no custo da energia para a indústria brasileira, em 2015



"O Sistema Firjan, da Federação das Indústrias do Rio, projeta elevação média de 27,3% no custo da energia elétrica paga pela indústria brasileira em 2015, na comparação com este ano. O incremento viria, principalmente, da necessidade de reajustes mais expressivos das tarifas para que as distribuidoras de energia consigam honrar os empréstimos bilionários concedidos pelo governo federal e por bancos em 2013 e 2014. Para o ano seguinte, espera-se novo aumento médio, desta vez de 7,5%.

As previsões divulgadas nesta segunda-feira (15) indicam que a energia paga pela indústria nacional custará em média R$ 459,20 por megawatt-hora (MWh) em 2015, ante R$ 360,70/MWh deste ano. A variação de quase R$ 100/MWh viria principalmente do ajuste das tarifas aos empréstimos bancários feitos às distribuidoras (R$ 43,3/MWh) e da adoção do sistema de bandeiras tarifárias (R$ 41/MWh).

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Diante da crescente trajetória de custos da energia no Brasil, a Firjan propõe a isenção para a indústria da cobrança de tributos sobre o aditivo tarifário trazido pelos aportes e empréstimos. O custo médio da energia em 2015, nesse cenário, ficaria em R$ 447 60/MWh, 2,5% abaixo do número previsto inicialmente. "A situação do País no cenário internacional é preocupante. As indústrias não conseguem mais suportar aumento de preço em um de seus insumos mais importantes como está ocorrendo", destacou em nota o gerente de Competitividade Industrial e Investimentos da Firjan, Cristiano Prado.


Desde janeiro de 2013, ano em que o governo federal concedeu desconto às distribuidoras, o custo da energia para a indústria aumentou quase 90%. O custo atual, de R$ 360,70/MWh, coloca o Brasil na 8ª posição do ranking formado pelos países com energia mais cara no mundo. O levantamento reúne 28 nações e é liderado por Índia, Itália e Cingapura."

Fonte: Diário de Pernambuco