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Sobre a carta aberta da indústria química europeia, e o impacto da política ambiental desigual na desindustrialização da Europa




No passado dia 5 de Novembro, líderes da indústria química europeia assinaram juntamente com o Presidente do CEFIC (Concelho Europeu da Indústria Química), uma carta aberta, dirigida ao Concelho Europeu, à Comissão Europeia, e ao Parlamento Europeu.

A carta tem por objetivo chamar a atenção de que atualizações nas políticas e legislação ambientais não devem incidir sobre medidas que simplesmente provocam a fuga de investimentos para outras regiões do mundo menos rígidas em matérias de ambiente.

Neste sentido, os referidos líderes sugerem que os agentes políticos da Europa consigam evitar que indústrias intensivas no consumo de energia sejam obrigadas a relocalizarem-se para destinos onde a estrutura de custos seja mais competitiva.

Concluem dizendo que a descarbonização progressiva da economia europeia, com o objetivo de se atingir o paradigma do baixo carbono, não deve ser conseguida à custa de uma progressiva desindustrialização.

Sobre isto, recordam que a indústria química europeia é um setor que emprega directamente 1 milhão de pessoas (2.5 milhões indiretamente) e que está avaliada em 551 mil milhões de euros.

Como referido, a carta foi assinada por líderes da várias empresas europeias, com destaque para o português João Fugas, representando a CUF - Químicos Indústriais, SA. A carta pode ser lida na íntegra aqui

A carta surge um mês antes do fórum internacional COP21, que terá lugar em Paris, e que se propõe a servir de plataforma para um entedimentos sobre definição de metas e políticas ambientais.