"O petróleo encontra-se normalmente armazenado a vários milhares de metros de profundidade, numa rocha porosa e permeável. Para reter o petróleo , a rocha tem de possuir, para além das suas características petrofísicas (porosidade e permeabilidade), uma formação de cobertura impermeável.(...) O conjunto rocha permeável e rocha de cobertura, quando associada à presença de petróleo, forma uma estrutura geológica a que se dá o nome de reservatório petrolífero.
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Como é que se sabe se existe ou não uma estrutura no subsolo? Como é que se sabe se comporta petróleo? Como é que se sabe se este existe em quantidade suficiente para garantir um valor comercial caso se justique um projecto? Fura-se ao acaso?
Há métodos geofísicos, nomeadamente a sísmica de reflexão, que permitem hoje em dia detectar e delinear com precisão estruturas geológicas a milhares de metros de profundidade.
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Para se confirmar se uma estrutura existe e tem petróleo, é necessário furar pelo menos um poço de pesquisa.
A História é fértil em casos de poços de pesquisa que falharam o objectivo, sendo seguidos de outros de grande sucesso a pouca distância dos primeiros. No início da pesquisa petrolífera no Médio Oriente, houve situações em que, por escassa distância do objectivo, não foi possível concretizar a descoberta de grandes reservatórios petrolíferos, que acabariam por ser descobertos anos mais tarde pelas mesmas ou por outras companhias."
Trecho do livro: O universo da Indústria Petrolífera - Da Pesquisa à Refinação, dos autores Jorge Salgado Gomes e Fernando Barata Alves.