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Sobre o arranque da petroquímica de olefinas em Portugal, no ano de 1982




"Com arranque do steam-cracker da Companhia Nacional de Petroquímica (CNP), em Sines, iniciou-se a produção de olefinas em Portugal.

Em termos de infras-estrutura industrial, deu-se assim um importante passo para a maioridade e 1982 tornou-se  num marco da indústria química em Portugal, porque as olefinas são um elo fundamental desta indústria, o «ponto de partida químico » da grande maioria dos derivados petroquímicos e mesmo dos produtos de química fina.

Convirá assim conhecer melhor o que são as olefinas, o que significam para o engenheiro químico e qual a sua importância para o industrial.

Dos produtos do steam-cracker que a CNP tem neste momento em operação na plataforma industrial de Sines, três são compostos olefínicos puros: o etileno, o propileno e o butadieno.

Estas olefinas são hidrocarbonetos insaturados, ou seja, com deficiência de átomos de hidrogénio (...). Fisicamente, qualquer destes compostos são gases à temperatura ambiente com caractísticas muito próximas dos seus equivalentes que são, respectivamente, o etano, o propano e o butano.

Quimicamente, são compostos bastante reactivos, sendo as suas moléculas capazes de reagir com grande número de outras iguais, conduzindo à formação de compostos de peso molecular muito elevado a que se chamam polímeros.

São estas as reações catalíticas de polimerização, desenvolvidas nos anos 20, que deram a início à moderna indústria petroquímica dos plásticos.

(...)
Assim o etileno pode dar origem ao Cloreto de Vinilo Monómero, ao Estireno, ao Polietileno de Baixa Densidade, ao Polietileno de Alta Densidade, ao Acetato de Vinilo, e ao Etileno Glicol; o propileno  dá origem ao Acrilonitrilo, ao Cumeno, aos Oxo-álcoois, e aos metaacrilatos; o butadieno dá origem à Borracha de Estireno-Butadieno e ao Polibutadieno."

Fonte: O Desafio da Gestão Industrial em Portugal - Clemente Pedro Nunes (Livro)