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Sobre a Galp, a Universidade de Aveiro e a criação do 'Instituto do Petróleo e Gás'


Universidade de Aveiro (Portugal)



A Galp Energia, a Universidade de Aveiro (UA) e outras cinco universidades portuguesas acabam de criar o Instituto do Petróleo e Gás (ISPG) que visa sobretudo cumprir a lei brasileira de aplicar 1 por cento das receitas do petróleo em Investigação e Desenvolvimento no país. O Instituto já tem verbas garantidas de financiamento de cerca de 110 milhões de euros até 2017.

No caderno das missões o novo Instituto tem a promoção da competitividade das indústrias de energia nos países lusófonos, através da formação avançada de quadros técnicos, e a conceção de uma rede de cooperação entre empresas, universidades e centros de investigação.

A ideia da criação do ISPG, que agora se concretiza, surgiu há dois anos atrás durante um encontro entre a UA e a Galp e dá continuidade à grande colaboração que a academia, em múltiplas áreas, tem com a empresa quer do ponto de vista de formação de recursos humanos, quer ao nível da investigação.

Nas metas traçadas, o ISPG tem já prevista a criação de delegações e a instalação de centros de investigação em todos os países de língua portuguesa, em especial naqueles em que as atividades ligadas à indústria do petróleo e do gás estão mais desenvolvidas, como é o caso do Brasil, Angola e Moçambique.

Prospeção, exploração e caracterização de reservatórios de petróleo são algumas das áreas para as quais o ISPG nasceu. Desenvolvimento, produção e gestão integrada de campos petrolíferos, refinação, petroquímica e distribuição de produtos, sistemas de gás e eletricidade, biocombustível e novas energias e gestão de sistemas sustentáveis de energia constituem campos de ação do Instituto.

Grande experiência acumulada na UA

“A UA tem um grupo na Química, liderado pelo professor João Coutinho, e outro nas Geociências, liderado pelo professor Luis Menezes, com forte envolvimento neste tipo de investigação”, aponta José Fernando Mendes, Vice-Reitor da academia de Aveiro  para a área da investigação.

O responsável, que assinou pela UA a criação do ISPG, lembra que “também ao nível da formação, quer de participantes em programas de doutoramentos, quer de formação avançada”, a academia tem mais-valias que serão úteis ao cumprimento das metas traçadas pela nova organização. Nesse contexto, o responsável recorda que “a UA irá fazer parte de uma colaboração entre a Galp e a Universidade Heriot-Watt [Reino Unido], uma universidade líder mundial na formação de quadros na área do petróleo”.

Para além da UA, também fazem parte do ISPG as universidades do Porto, Minho e Nova de Lisboa, o Instituto Superior Técnico, a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra e a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.